O tema relacionamentos está muito presente nas demandas apresentadas nos consultórios de psicologia e particularmente posso afirmar que essa queixa é um desafio enfrentado por grande parte dos pacientes que já atendi e ainda atendo.

Nos relacionamentos, especialmente os conjugais, é natural buscarmos agradar e satisfazer a pessoa amada. Entretanto, quando esse desejo de agradar ultrapassa o limite saudável e se transforma em uma necessidade compulsiva de aprovação, surgem problemas profundos para a saúde emocional e psíquica da pessoa. Muitas mulheres, por medo de perder o parceiro ou de gerar conflitos, acabam se anulando, abandonando suas próprias vontades, sonhos e até a própria identidade. Mas isso não acontece apenas com as mulheres, os homens também experimentam situações semelhantes, porém a partir de suas perspectivas e entendimento do que significa a relação na sua vida. Esse comportamento está intimamente ligado à insegurança.

A insegurança faz com que a pessoa sinta que, para ser amada, precisa suprir todas as expectativas do outro, independentemente de seus próprios desejos. Essa dinâmica gera uma relação desequilibrada, onde o medo de rejeição ou abandono comanda as ações e impede o indivíduo de se expressar de maneira autêntica. A longo prazo, isso pode impactar a autoconfiança, a autoestima e individualidade da pessoa, levando à frustração, à ansiedade e em alguns casos até à depressão.

Viver em função do outro é uma armadilha emocional que destrói a autenticidade e a reciprocidade no relacionamento. A pessoa que se anula tende a deixar de lado suas necessidades emocionais e seus limites, o que pode gerar um ressentimento silencioso. Esse ressentimento, embora não seja verbalizado, permeia o relacionamento, criando uma tensão crescente que compromete a conexão afetiva genuína entre os parceiros. Com tudo isso surgem as discussões, desentendimentos e até mesmo agressões psicológicas e físicas acarretando graves problemas para os envolvidos na relação. Assim chegam à separação e divórcios que afetam em alguns casos os filhos quando a família já está constituída.

Quando uma mulher vive com medo da rejeição, ela está constantemente em alerta, temendo desagradar o parceiro ou ser criticada. Essa vigilância interna impede que ela se sinta segura e à vontade no relacionamento, levando-a a adotar uma postura submissa e evitar qualquer tipo de conflito. A longo prazo, essa postura gera insatisfação e frustração, pois a mulher sente que está perdendo a si mesma dentro da relação.

O que muitas pessoas não percebem é que, ao se anularem, elas não estão preservando a relação, mas, sim, enfraquecendo-a. Um relacionamento saudável requer que ambas as partes sejam inteiras e autênticas. Quando alguém está preso ao medo de desagradar, deixa de ser quem é de verdade, e o relacionamento passa a ser uma construção frágil, baseada em idealizações e inseguranças.

A terapia, especialmente a abordagem da Logoterapia e Análise Existencial, pode ser uma ferramenta poderosa para mulheres que se sentem presas nesse ciclo de anulação e insegurança. Através da psicoterapia, é possível trabalhar o autoconhecimento, ajudando a resgatar sua autoestima e fortalecer sua autoconfiança.

Com a abordagem da Logoterapia, a terapia online, permite que a pessoa identifique seus valores e propósitos de vida, redescobrindo a importância de viver de acordo com sua verdadeira essência, sem depender da validação constante do outro. O processo terapêutico promove a condição da pessoa construir um relacionamento mais saudável, onde há espaço para a autenticidade e para a construção de uma parceria baseada no respeito mútuo e na confiança.

Se você sente que está vivendo em função das expectativas dos outros e deixando de lado suas próprias vontades, o processo terapêutico baseado na psicologia do sentido da vida, pode ser o caminho para resgatar sua voz e fortalecer seu relacionamento, começando pela relação que você tem consigo mesma. Busque se conhecer através da terapia com um profissional sério e comprometido em te auxiliar na sua jornada individual.